Teve início nesta terça-feira, 1º de julho, a votação do Plebiscito Popular 2025, uma consulta pública nacional promovida por entidades das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores). A iniciativa busca ouvir a população sobre temas centrais para a vida da classe trabalhadora, como:

  • Fim da escala 6x1
  • Redução da jornada de trabalho sem redução salarial
  • Isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil
  • Maior taxação para quem ganha acima de R$ 50 mil

A votação segue até setembro e qualquer pessoa pode votar ou se voluntariar para a coleta de votos, que acontece em espaços como praças, escolas, igrejas, sindicatos, locais de trabalho e terminais de transporte.

Um plebiscito contra os privilégios


Segundo Milton dos Santos Rezende (Miltinho), secretário nacional de Mobilização da CUT, o plebiscito é uma resposta popular ao bloqueio de mudanças sociais por parte do Congresso Nacional.

“O plebiscito cumpre uma função de denúncia e pressão política: ele mostra que há um Brasil que quer mudar e outro que faz de tudo para manter privilégios”, declarou Miltinho.

Ele lembra que os temas escolhidos estão conectados com a realidade de quem vive do próprio trabalho, especialmente após a destruição da CLT e o crescimento da informalidade nos últimos anos.

“A defesa do fim da escala 6x1 e da redução da jornada sem corte de salário são lutas que tocam diretamente a dignidade e a qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou.

Saiba onde e como votar no Plebiscito Popular 2025


A votação é presencial, e as urnas do Plebiscito Popular 2025 estão sendo distribuídas em todo o país. O objetivo é criar um movimento amplo de escuta popular, com milhares de voluntários atuando em sindicatos, bairros, escolas e locais públicos.

Também é possível se voluntariar e acessar materiais informativos e de mobilização no site e no perfil oficial no Instagram.

Mobilizações já começaram nas capitais


As ações do Plebiscito Popular 2025 já ganharam as ruas em cidades como São Paulo, João Pessoa, Belém e Porto Alegre, com atividades públicas e distribuição de materiais. A campanha une métodos digitais e presenciais, com cartazes, vídeos, conteúdo para redes sociais e ações de base.

Justiça tributária no centro do debate


O plebiscito também propõe discutir a injustiça fiscal no Brasil. Segundo a CUT, hoje quem ganha menos é quem mais paga impostos, enquanto os ricos contribuem muito menos ou quase nada.

“É preciso colocar a justiça tributária no centro do debate nacional. Quem lucra mais, herda mais e acumula patrimônio precisa contribuir mais com o país”, reforça Miltinho.

Com essa mobilização, o Plebiscito Popular 2025 busca recolocar na agenda nacional os direitos da classe trabalhadora, abrindo espaço para a decisão popular sobre o futuro do país.