Mais um caso de possível negligência médica revolta a população de Campina Grande. A família de Paulo Vanderlei, que faleceu no último domingo (23) na UPA do Dinamérica, veio a público expor uma série de contradições nas informações divulgadas pelo diretor da unidade, Darlan Nóbrega, e pela Secretaria Municipal de Saúde.

Veja o que diz a família de Paulo Vanderlei, que denuncia Negligência Médica no caso

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a família contesta o horário de chegada de Paulo à unidade. Enquanto o diretor afirma que o paciente deu entrada às 15h30, os familiares provam que às 16h03 ainda estavam em casa tentando chamar uma ambulância—ambulância essa que nunca chegou. Desesperados, foram socorridos por um vizinho, que os levou até a UPA.

Outro ponto grave na denúncia é a omissão da atuação de um primeiro médico no atendimento. De acordo com os familiares, esse profissional avaliou o eletrocardiograma de Paulo e afirmou que não havia alterações, descartando qualquer risco imediato. Apenas quando o paciente perdeu os sinais vitais, um segundo médico—da ala vermelha—identificou graves alterações no exame, mas já era tarde demais.

A família também denuncia que esse primeiro médico desapareceu da unidade e sequer foi citado no prontuário. Além disso, a Secretaria de Saúde afirmou em nota que os familiares tiveram acesso ao prontuário, o que é desmentido por eles, que afirmam que o documento lhes foi negado. Eles também denunciam que foi suprimida qualquer informação sobre o primeiro médico e suas condutas, impossibilitando uma possível ação judicial.

Diante dessas incoerências, a indignação cresce em Campina Grande. A população se mobiliza para exigir justiça e responsabilização por mais um caso que expõe o colapso da saúde pública municipal e a falta de compromisso da gestão com a vida dos cidadãos.

Confira o vídeo divulgado nas redes sociais: